quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

História de Natal em formato digital

       Esta é a história do nascimento de Jesus "contada" neste meio, a Internet, à velocidade de breves instantes, veja e encante-se... é um vídeo interessantíssimo...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Amizade e Namoro

       Trabalho de grupo, realizado na disciplina, pelo 8.º Ano de escolaridade, sobre a amizade e o namoro, tema que integra a Unidade Lectiva 1: "O AMOR".

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A Boneca de Sal

A boneca de sal vagueou pela terra até chegar ao mar,
onde ficou absorta a comtemplar aquela massa imensa de água inquieta
que ela nunca vira.

"Quem és tu?", pergunta a boneca ao mar.

"Entre e vê" - diz o mar sorrindo.

Dito e feito, ela entrou mar dentro

e quanto mais entrava, mais se dissolvia
até restar só um pouco do seu corpo.

Antes de derreter-se totalmente,

exclamou a Boneca admirada:
"Agora já sei quem sou!
Anthony de Mello, O canto do pássaro, Paulinas 1995.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O vidro e o espelho!...

       Um jovem muito rico foi ter com um sábio e pediu-lhe um conselho para oridentar a sua vida.
       O mestre conduziu-o até à janela e perguntou-lhe:
       - O que vês através dos vidros?
       - Vejo homens que vão e vêm e um cego a pedir esmola, na rua.
       O sábio mostrou-lhe então um grande e espelho e interrogou-o de novo:
       - Olha para este espelho e diz-me, agora o que vês!
       - Vejo-me a mim mesmo.
       - E já não vês os outros!... Repara, a janelae o espelho são feitos da mesma matéria-prima, o vidro; mas no espelho, porque há uma fina camada de prata colada no vidro, não vês nel mais que a tua pessoa. Deves comparar-te a estes dois tipos de vidro: pobre, vias os outros e tinhas compaixão deles; coberto de prata - rico -, vês-te apenas a ti mesmo. (autor desconhecido)
      Concluindo, só a simplicidade de coração, sem máscaras, despojados de tudo o que nos impede de ver os outros, poderemos viver verdadeiramente o Evangelho...

sábado, 27 de novembro de 2010

A P E L O (s)... de criança(s)

Poema dedicado às crianças que nada têm, mas usam o seu comportamento como um apelo.
Estou aqui!...
Alguém me ouve?
Estou aqui!...
Existo!
Sinto!
Penso!
Sonho!
No meu olhar,
Misturam-se medo e tristeza
Fruto da luta que se trava
Dentro de mim.
As minhas mãos
Estão vazias….
Tudo o que tento agarrar,
Escapa-se,
Dilui-se…
E eu fujo!
Fujo para longe ou perto,
Na esperança
Que alguém note a minha ausência
E me procure….
Não me peçam para vos amar,
Não me peçam para vos respeitar,
Não me peçam que cumpra regras,
Não me falem de «coisas bonitas»
Como
Fraternidade,
Igualdade,
Liberdade,
Amor,
Paz,
Porque,
Ninguém me ama,
Ninguém me respeita,
Ninguém cumpre regras para comigo,
Todos inventam desculpas
Para se afastarem de mim
E, contudo,
Eu não sei se de facto me odeiam,
Estou aqui!....
Alguém me ouve?
Estou mesmo aqui!...

Goretti Ribeiro, in Boletim Voz Jovem, Novembro 2010 e no nossso CARITAS IN VERITATE.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O DEUS que vê. Abraão, Sara e Agar...

       Sarai, a esposa de Abraão estava abatida. Ao longo dos anos não conseguia ter filhos e sabia que o marido ansiava por um filho.
       Decidiu pôr em prática um plano. “Tenho uma escrava egípcia chamada Agar – lembrou a Abrão –; todos sabem que eu não posso conceber e, segundo a tradição, podeis dormir com ela. Assim, ela poderá dar-vos um filho”.
       Abraão concordou e Agar engravidou.
       O seu novo estado fez com que Agar se sentisse muito importante. Começou a agir como se fosse mais importante que Sarai, o que fez com que esta ficasse furiosa. Na sua fúria, decidiu tratar a escrava da forma mais cruel que podia. Perante isso, Agar acabou por fugir.
       No deserto, num local onde existia uma nascente de água, um dos anjos de Deus foi de encontro a Agar. “Deves regressar para a tua ama – disse o anjo – Deus irá abençoar-te. Terás um filho e irás chamar-lhe Ismael. Ele terá muitos inimigos, mas viverá para ser pai de uma grande nação”.
       Agar ficou espantada: “Terei realmente visto Deus e vivido para o contar? – maravilhou-se –, Este é verdadeiramente um Deus que vê o que se passa aqui na Terra”.
       Corajosamente, Agar fez a viagem de regresso para junto de Sarai. Os meses passaram-se e ela ficou exultante por ter um filho, a quem chamou Ismael.
       E ao poço onde Agar encontrou o anjo foi dado o nome de “O poço daquele que vive e que me vê”

“Querido Deus quando as pessoas são tratadas de modo cruel. Vós vedes tudo o que acontece. Velai por elas com carinho e abençoai-as”

 Mónica Aleixo, in Boletim Voz Jovem, Novembro 2010.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O Rouxinol e a Rosa vermelha!

       Era uma vez, um Rouxinol que vivia em um jardim. No jardim havia uma casa, cuja janela se abria todas as manhãs. Na janela, um jovem, comia pão, olhando as belezas do jardim. Sempre deixava cair farelos de pão, sobre a janela.
       O Rouxinol, comia os farelos, acreditando que o jovem os deixava de propósito para ele. Assim criou um grande afecto, pelo jovem que se importava em alimentá-lo, mesmo com migalhas.
       O jovem um dia se apaixonou. Ao se declarar a sua amada, ela disse que só aceitaria seu amor, se como prova, ele desse a ela, na manhã seguinte, uma rosa vermelha.
       O jovem, percorreu todas as floriculturas da cidade, sua busca foi em vão, não encontrou nenhuma rosa vermelha para ofertar a sua amada.
       Triste, desolado, o jovem foi falar com o jardineiro da casa onde vivia. O jardineiro explicou a ele, que poderia presenteá-la com Petúnias, Violetas, Cravos, menos Rosas. Elas estavam fora de época, era impossível consegui-las, naquela estação.
       O Rouxinol, que escutara a conversa, ficou penalizado pela desolação do jovem, teria que fazer algo para ajudar seu amigo, a conseguir a flor. Assim, a ave procurou o Deus dos pássaros que assim falou:
       - Na verdade, você pode conseguir uma Rosa Vermelha para teu amigo, mas o sacrifício é grande, e pode custar-lhe a vida!
       - Não importa respondeu a ave. O que devo fazer?
       - Bem, você terá que se emaranhar em uma roseira, e ali cantar a noite toda, sem parar, o esforço é muito grande, seu peito pode não agüentar.
       - Assim farei, respondeu a ave, é para a felicidade de um amigo!
       Quando escureceu, o Rouxinol, se emaranhou em meio a uma roseira, que ficava frente a janela do jovem. Ali, se pôs a cantar, seu canto mais alegre, precisava caprichar na formação da flor. Um grande espinho, começou a entrar no peito do Rouxinol, quanto mais ele cantava, mais o espinho entrava em seu peito. O rouxinol não parou, continuou seu canto, pela felicidade de um amigo, um canto que simbolizava gratidão, amizade. Um canto de doação, mesmo que fosse da própria vida! Do peito da pobre ave, começou a escorrer sangue, que foi se acumulando sobre o galho da roseira, mas ela não se deteve nem se entristeceu.
       Pela manhã, ao abrir a janela, o jovem se deteve diante da mais linda Rosa vermelha, formada pelo sangue da ave, nem questionou o milagre, apenas colheu a Rosa.
       Ao olhar o corpo inerte da pobre ave, o jovem disse:
       - Que ave estúpida! Tendo tantas árvores para cantar, foi se enfiar justamente em meio a roseira que tem espinhos...
       Enfim: Cada um dá o que tem no coração... Cada um recebe com o coração que tem....

autor desconhecido, postado a partir do nosso CARITAS IN VERITATE.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Esperança depois da tragédia - Génesis 14-15

       No fundo do vale do Jordão reuniram-se quatro reis. Queriam discutir planos de batalha. Existiam cinco cidades ricas que esperavam saquear. A ganância tornava-os destemidos.
       Não muito longe, os reis das cinco cidades encontraram-se também para traçar os seus próprios planos. Como iriam defender-se? Reuniram os seus exércitos e marcharam para a guerra.
       No dia da batalha, os exércitos alinharam-se um contra o outro. A luta foi feroz, mas foram os invasores que conquistaram vantagem. Os cinco reis tentaram fugir, mas haviam enormes poços de alcatrão naquela região e os reis de Sodoma e Gomorra pereceram no pântano.
       Os reis vitoriosos viram a sua oportunidade. Caíram sobre Sodoma e Gomorra, matando e pilhando à medida que avançavam. Lot foi capturado durante a batalha em Sodoma e foram-lhe roubados todos os seus pertences.
       Um homem que escapara do caos veio dar a notícia a Abraão: “O vosso sobrinho foi gravemente ofendido! Foi roubado e feito prisioneiro! Certamente ireis em seu auxílio!”
       Rapidamente, Abraão reuniu os seus próprios homens para lutar. Eles atacaram o inimigo de noite e derrotaram-no de forma retumbante.
       Os reis vieram para celebrar a vitória de Abraão: “Salvastes-nos! Recuperaste toda a riqueza que havíamos perdido” – gritaram eles. Riram, beberam e divertiram-se.
Porém, Abraão não se sentia eufórico com a vitória. A desilusão obscurecia a sua vida. “Continuo sem ter um filho” – suspirou.
       Então, ouviu o murmúrio da voz de Deus: “Vem cá fora. Olha para as estrelas no céu e tenta contá-las. A tua família irá crescer e crescer até existirem mais pessoas do que estrelas”.
       Abraão confiou em Deus e, por este facto, Deus aceitou-o.

Querido Deus,
ajudai-me a aprender a confiar em Vós

Mónica Aleixo, in Boletim Voz Jovem, Outubro 2010.

sábado, 30 de outubro de 2010

A lição da CRIANÇA sobre o amor!

       Numa sala de aula, havia várias crianças.
       Quando uma delas perguntou à professora:
       - Professora, o que é o amor?
       A professora sentiu que a criança merecia uma resposta à altura da pergunta inteligente que fizera. Como já estava na hora do recreio, pediu para que cada aluno desse uma volta pelo pátio da escola e trouxesse o que mais despertasse nele o sentimento de amor.
       As crianças saíram apressadas e, ao voltarem, a professora disse:
       - Quero que cada um mostre o que trouxe consigo.
       A primeira criança disse:
       - Eu trouxe esta flor, não é linda?
       A segunda criança falou:
       - Eu trouxe esta borboleta. Veja o colorido de suas asas, vou colocá-la em minha coleção.
       A terceira criança completou:
       - Eu trouxe este filhote de passarinho. Ele havia caído do ninho junto com outro irmão. Não é uma gracinha?
       E assim as crianças foram se colocando.
       Terminada a exposição, a professora notou que havia uma criança que tinha ficado quieta o tempo todo. Ela estava vermelha de vergonha, pois nada havia trazido. A professora se dirigiu a ela e perguntou:
       - Meu bem, por que você nada trouxe?
       E a criança timidamente respondeu:
       - Desculpe, professora. Vi a flor e senti o seu perfume. Pensei em arrancá-la, mas preferi deixá-la para que seu perfume exalasse pôr mais tempo. Vi também a borboleta, leve, colorida. Ela parecia tão feliz que não tive coragem de aprisioná-la. Vi também o passarinho caído entre as folhas, mas, ao subir na árvore, notei o olhar triste de sua mãe e preferi devolvê-lo ao ninho. Portanto professora, trago comigo o perfume da flor, a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mãe do passarinho. Como posso mostrar o que trouxe?
       A professora agradeceu a criança e lhe deu nota máxima, pois ela fora à única que percebera que só podemos trazer o amor no coração.

Autor desconhecido, in Nova Civilização.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Quase que vendi Deus

       Alguns anos atrás, um sacerdote mudou-se para Houston, Texas, nos Estados Unidos. Poucos dias depois ele subiu num ônibus para ir até o centro da cidade. Quando sentou, contou o troco e verificou que o cobrador tinha dado a ele uma moeda de 25 centavos a mais. Enquanto viajava, ia reflectindo sobre o que deveria fazer, e chegou a conclusão.
       - Esquece o assunto: afinal são apenas 25 centavos. Quem vai se preocupar com tão pouca quantidade de dinheiro? Fica com a moeda e aceita-a como uma dádiva de Deus.
       Porém, quando chegou ao deu destino e se apressava para saltar do autocarro, pensou novamente, parou e se voltou para o cobrador: 
       - Tome, o senhor me deu uma moeda de 25 a mais.
       O cobrador, com um sorriso respondeu.
      - Sei que o senhor é o novo padre da paróquia. Eu estava pensando em voltar para a Igreja e quis fazer um teste: O que o novo padre fará se eu der o troco errado.
       O sacerdote desceu do autocarro e pensou:
      - Oh meu Deus, por muito pouco te vendo por 25 centavos!

“Histórias que Evangelizam” – Gilberto Gomes Barbosa – Obra de Maria, in Almas Castelos.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Tic-tac, sem fim à vista

       Era uma vez um relógio que precisava de conserto. Veio o relojoeiro.
       O relógio disse-lhe:
       - Por favor, senhor relojoeiro, não me conserte. Estou cansado de uma vida tão monótona. Imagine que tenho de estar dia e noite a repetir o mesmo movimento e a mesma música: tic-tac, tic-tac... Se me conserta, imagine os milhões de "tic-tac" que tenho de fazer. Uma monotonia insuportável!
       O relojoeiro disse-lhe:
       - Amigo relógio, é esse "tic-tac" que te mantém em vida e te faz útil aos outros, dando-lhes as horas, os minutos e os segundos. É como o bater do coração das pessoas! Por isso, aceita essa monotonia como fazendo parte do teu viver. Não queres viver?!
       Respondeu o relógio:
       - Sim, quero!
       O relojoeiro, como bom amigo, aconselhou-o:
       - Então faz do teu "tic-tac" uma bela música a alegrar os teus dias e a alegrar o mundo.

O nosso quotidiano, por vezes tão monótono, pode ser colorido com a música do amor.

in Revista Juvenil, Outurbo 2010, n.º 539.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

As duas rãs...

       Várias rãs decidiram ir passear. Andaram num bosque. A um certo momento, ouviu-se um grito: duas delas tinham caído num poço com água.
       As companheiras, ao olharem para dentro do poço, viram que era muito fundo. As duas rãs, lá dentro, lutavam com todas as forças para sair.
       As companheiras, à beira do poço, começaram a gritar-lhes:
       - Não vale a pena lutar! Aceitem morrer!
       Um delas ainda fez algumas tentativas, mas em pouco tempo morreu afogada.
       A outra, enquanto as de fora insistiam em dar conselhos, foi lutanto, lutando, até que, com um salto inesperado de atleta, conseguiu sair do poço.
       As companheiras, admiradas com tanta coragem, perguntaram-lhe:
       - Não ouvistes os nossos conselhos para desistires?!
       - Como sou um pouco surda, julguei que me estavam a animar!

in Revista Juvenil, Outubro 2010, n.º 539

sábado, 16 de outubro de 2010

O tonto e as duas moedas...

       Contam alguns anciãos que, numa pequena terra do interior, um grupo de pessoas se divertia às custas do tonto da aldeia. Um pobre infeliz que vivia de pequenos recados e de esmolas.
       Diariamente era chamado ao café da terra por uns homens que lhe davam a escolher entre duas moedas: uma pequena, de 1 euro, e uma grande, de 50 cêntimos. Ele escolhia sempre a maior, de valor inferior, o que causava uma onda de riso e chacota por entre a assistência.
       Um dia, observando este triste espectáculo, um homem compadeceu-se e chama o tonto de parte perguntando-lhe se, por acaso, não saberia que a moeda que sempre tendia a escolher era a de menor valor. Ele respondeu-lhe:
       - Sei sim, meu senhor, não sou assim tão tonto, vale metade da outra. Mas no dia em que eu escolher a outra, o jogo acaba e fico sem a minha moeda diária.

       A história poderia muito bem acabar aqui mas é mais importante salientar algumas das conclusões que podemos tirar dela:
1ª - Nem sempre aquele que parece tonto o é na realidade.
2ª - Os verdadeiros tontos da história são, na verdade, os homens que dele se riam.
3ª - Uma ambição desmedida pode acabar com a nossa fonte de rendimentos
4ª - A mais interessante de todas: Podemos viver bem mesmo quando os outros têm uma ideia menos boa acerca de nós. O que importa não é o que os outros pensam de nós mas sim a ideia que temos de nós mesmos.
MORAL: 
       O Homem verdadeiramente inteligente é aquele que aparenta ser tonto diante daquele que, sendo tonto, aparenta ser inteligente.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Amigo... vale ouro!

       Um filho pergunta à mãe:
       - Mãe, posso ir ao hospital ver meu amigo? Ele está doente!
       - Claro, mas o que ele tem?
       O filho, com a cabeça baixa, diz:
       - Tumor no cérebro.
       A mãe, furiosa, diz:
       - E você quer ir lá para quê? Vê-lo morrer?
       O filho lhe dá as costas e vai...
       Horas depois ele volta vermelho de tanto chorar, dizendo:
       - Ai mãe, foi tão horrível, ele morreu na minha frente!
       A mãe, com raiva:
       - E agora?! Tá feliz?! Valeu a pena ter visto aquela cena?!
       Uma última lágrima cai de seus olhos e, acompanhado de um sorriso, ele diz:
       - Muito, pois cheguei a tempo de vê-lo sorrir e dizer:

- EU TINHA CERTEZA QUE VOCÊ VINHA!

Moral da história:
        A amizade não se resume só em horas boas, alegria e festa. Amigo é para todas as horas, boas ou ruins, tristes ou alegres.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Madre Teresa de Calcutá: o Amor e a Vida

       Um texto magnífico de Madre Teresa de Calcutá, em formato do diaporama, com música de Celine Dion, sobre a Vida, o Amor, as escolhas que nos fazem verdadeiramente felizes:

sábado, 9 de outubro de 2010

Vocação de Abrão - Génesis 12

       A árvore genealógica de Abraão remontava ao tempo de Sem, que foi um dos filhos de Noé. Contudo, Abraão estava menos impressionado com o passado e mais preocupado com o futuro: teria ele descendentes que pudessem herdar a sua riqueza? A árvore genealógica da família iria prosperar?
       Um dia, ouviu Deus a falar com ele: “Abraão! Deixa o teu país. Deixa os teus familiares. Deixa o teu lar. Vai para uma terra que te mostrarei. Aí terás filhos, e os teus filhos terão filhos. A tua família tornar-se-á uma grande nação. Eles irão levar a minha bênção ao mundo”.
       Abraão sabia que tinha de obedecer. Rapidamente, reuniu a sua família mais próxima: a sua mulher, Sarai, e o seu sobrinho Lot. Reuniu a sua riqueza e chamou os seus escravos. Deixaram a cidade de Haran e toda a sua vida confortável e partiram para a terra de Canaã.
       Foi uma aventura ousada. Abraão e a sua família viveram como nómadas em tendas: estavam constantemente em movimento em busca de pastagens para os seus rebanhos. Houve anos bons e anos maus mas, com o passar do tempo, tanto Abraão como Lot acumularam riqueza. Os seus rebanhos ficaram tão grandes que não encontravam pastagens suficientemente amplas para todos num só local. Começaram as discussões.
       “Somos parentes” – disse Abraão. “Não devemos discutir. Lot, escolhe uma parte da terra para ti. Eu irei no sentido oposto”. Assim, Lot foi para Sul em direcção ao vale que era banhado pelo rio Jordão e fixou-se na cidade de Sodoma. Abraão continuou em Canaã, num local chamado Hebron.
       “Olha à tua volta” – disse-lhe Deus. “Irei oferecer-te toda esta terra. Pertencerá à tua família para sempre”.

“Querido Deus, falai comigo e mostrai-me o caminho que devo seguir”

Mónica Aleixo, in Boletim Voz Jovem, Setembro 2010.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Milagre de Moisés à luz da ciência

Um vento de cem quilómetros por hora permitiria separação das águas, mas não no mar Vermelho
       Segundo a Bíblia, Moisés ergueu as mãos para o mar Vermelho e durante toda a noite Deus separou as águas com um forte vento de leste para permitir a fuga do povo hebreu do Egipto para a Palestina. De manhã, quando o exército do faraó os tenta seguir, foi engolido pelas águas. Agora, uma nova simulação de computador concluiu que um fenómeno natural pode realmente ter permitido este milagre, mas não no mar Vermelho.
       "As pessoas sempre ficaram fascinadas com esta história do Livro do Êxodo, perguntando-se se tem origem em factos históricos", disse o investigador do Centro Nacional para a Pesquisa Atmosférica norte-americano, Carl Drews. "O que este estudo mostra é que a descrição da separação das águas tem por base leis da física", acrescentou o principal autor do estudo publicado online no jornal científico PloS ONE.
       Com o recurso a antigos mapas topográficos, registos arqueológicos e modernas medições de satélite, a equipa encontrou um possível local para a travessia: não no mar Vermelho, onde normalmente se localiza o acontecimento de há três mil anos, mas numa área no delta do Nilo, onde aparentemente um ramo do rio inundava o antigo lago de Tanis.
       Aí, um vento de leste a soprar a uma velocidade de um pouco mais de cem quilómetros por hora, durante oito horas, teria permitido afastar as águas (com 1,8 metros de profundidade). Uma faixa de terra lamacenta com entre 3,2 e quatro quilómetros de comprimento e 4,8 quilómetros de largura teria ficado a descoberto durante quatro horas, com duas paredes de água de ambos os lados. Assim que o vento parasse, o caminho teria ficado alagado.
       "A simulação corresponde de forma bastante rigorosa com o relato do Êxodo", indicou Drews, no texto que acompanha as conclusões do estudo. "A separação das águas pode ser percebida através da dinâmica de fluidos. O vento move a água de acordo com as leis da física, criando uma passagem segura com a água nos dois lados e depois permitindo uma rápida inundação", acrescentou.
       Este tipo de vento, capaz de diminuir as águas num determinado local e empurrá-las para outro, já foi documentado várias vezes - aconteceu, por exemplo, no Lago Erie perto de Toledo, no Ohio. Em pelo menos uma ocasião foi também detectado no delta do Nilo no século XIX, quando as águas terão recuado cerca de 1500 metros.
       Uma anterior simulação de computador, feita por cientistas russos, tinha estabelecido que seriam necessários ventos de nordeste de pelo menos 120 quilómetros por hora para criar uma passagem no mar Vermelho, perto do actual Canal do Suez. Mas Drews e a sua equipa duvidam que fosse possível os refugiados caminharem com ventos tão fortes, explicando que o solo tinha de ser totalmente liso para permitir que a água recuasse em apenas 12 horas.
       O novo estudo, que contou com a colaboração da Universidade de Colorado, é parte de uma investigação maior sobre o impacto dos ventos na profundidade das águas. Drews espera que, ao dar esta nova localização para o milagre de Moisés, possa ajudar os arqueólogos a descobrir provas concretas deste evento.
Nota:
       Diga-se que a Igreja e a reflexão teológica já tinham explicado que o milagre da separação das águas e a passagem a pé enxuto era sobretudo uma feliz coincidência das condições naturais, conjugando a altura do ano, o clima... O facto de a ciência demonstrar que o "milagre" de Moisés é possível, é mais um argumento para a veracidade/fundamentação de tal coincidência, que Moisés e o Povo interpretaram como milagre.
       Como disse um dia Laurinda Alves, os milagres são coincidências através das quais Deus nos mostra o Seu caminho...

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Prémio ABEL BOTELHO

       Abel Botelho é o patrono da Escola EB 2,3/S, de Tabuaço. Hoje é o seu dia. Em cada ano, nesta comemoração são distinguidos os melhores alunos...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O poder das palavras...

A palavra mais bonita: LEALDADE – Ofereça-a
A palavra mais egoísta: EU – Evite-a
A palavra mais satisfatória: NÓS – Use-a
A palavra mais venenosa: INVEJA – Destrua-a
A palavra mais usada: AMOR – Valorize-a
A palavra mais prazerosa: SORRISO – Mantenha-o
A palavra mais prejudicial: MENTIRA – Ignore-a
A palavra mais difícil: HUMILDADE – Pratique-a
A palavra mais destruidora: MÁGOA – Perdoe
A palavra mais poderosa: CONHECIMENTO – Busque-o

As palavras essenciais: CONFIANÇA EM DEUS – Acredite!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Um caixa preta, outra dourada!

       Tenho em minhas mãos duas caixas que Deus me deu para guardar.
       Ele disse: - Coloque todas as suas tristezas na preta e todas as suas alegrias na dourada.
       Eu atendi as Suas Palavras e guardei nas duas caixas tanto as minhas alegrias quanto as minhas tristezas.
       Mas, embora a dourada ficasse cada dia mais pesada, a preta era tão leve quanto antes.
       Curioso, abri a preta. Eu queria descobrir porquê, e vi na base da caixa, um buraco pelo qual minhas tristezas saíam. Mostrei o buraco a Deus, e pensei alto: - Gostaria de saber onde minhas tristezas podem estar.
       Ele sorriu gentilmente para mim: - Meu filho, elas estão aqui comigo.
       Então perguntei-Lhe: - Deus, por que dar-me as caixas, por que a dourada e a preta com o buraco?
       - Meu filho, a dourada é para você contar suas bênçãos, a preta é para você deixar ir embora suas tristezas.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

O espinheiro que quis ser rei

       Uma lenda do povo judeu diz que, uma vez, as árvores resolveram escolher um rei ou uma rainha.
       Primeiro elegeram a oliveira, mas ela recusou:
       – Acham que eu ia deixar de produzir azeitonas e o saboroso azeite só para reinar?
       Então as árvores resolveram escolher a figueira:
       – Nem pensar, retorquiu a figueira. – Eu não posso deixar de produzir os meus doces frutos só para ficar acima das outras árvores.
       Depois procuraram convencer a videira a aceitar o cargo.
       – Não quero deixar de produzir as minhas uvas saborosas só para ser mais poderosa do que as outras árvores. – Explicou a videira. Depois de várias reuniões, as árvores foram consultar o espinheiro.
       – Mas é claro que aceito disse o espinheiro entusiasmado –, ó árvores, venham todas descansar à sombra dos meus espinhos.
       Esta lenda não tem como objetivo comparar governantes a espinheiros sem valor, mas encerra uma lição valiosa: o verdadeiro líder não está interessado em posições, em poder, em mandar nos outros, como o espinheiro. Mas, pelo contrário, é alguém preocupado em servir os semelhantes, tal como as árvores que produzem frutos, sem buscar os seus próprios interesses.

Mónica Aleixo, in Boletim Voz jovem, julho 2010.

sábado, 17 de julho de 2010

Sorte... ou não!...

       Existia numa aldeia, um homem muito pobre, que tinha um cavalo muito bonito.
       O cavalo era tão bonito que os fidalgos do castelo queriam comprar-lho, mas ele nunca quis.
       "Para mim, este cavalo não é um animal, é um amigo. Como é que eu podia vender um amigo? Perguntou-se.
       Uma manhã, ele vai ao estábulo e o cavalo não estava.
       Todos os aldeões lhe disseram: "Nós avisámos-te! Devias tê-lo vendido. Agora roubaram-to... que má sorte!"
       O velho homem respondeu "Sorte ou má sorte, quem o pode dizer?"
       Todas as pessoas faziam pouco dele. Mas 15 dias depois, o cavalo apareceu, com uma horda de cavalos selvagens. Ele tinha fugido para conquistar uma bela égua e depois veio com o resto da horda.
       "Que sorte!" disseram os aldeões.
       O velho homem e seu filho começaram a domar os cavalos selvagens. Mas uma semana mais tarde, o filho parte a perna num treino.
       "Que má sorte!" dizem os amigos. "Como vais fazer, tu que já és tão pobre, se o teu filho, a tua única ajuda não pode te ajudar!"
       O velhote responde "Sorte, má sorte, quem o pode dizer?"
       Alguns tempos mais tarde, os soldados dos fidalgos do país chegaram à aldeia e levaram à força todos os jovens disponíveis.
       Todos... excepto o filho do velhote, que tinha a perna partida.
       "Que sorte tu tens, todos os nossos filhos foram para a guerra, e tu és o único a guardar o teu filho contigo. Os nossos se calhar vão morrer..."
       O velhote responde "Sorte, má sorte, quem o pode dizer?"

       O futuro é-nos dado por fragmentos. Não sabemos nunca o que vai acontecer. Mas um pensamento positivo permanente abre-nos as portas da sorte, da criatividade e faz-nos mais feliz.
Autor desconhecido

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Duas sementes... dois destinos...

       Duas sementes encontravam-se lá a lado.
       A primeira semente disse:
       - Quero crescer! Quero estender as minhas raízes em profundidade no terreno que está por baixo de mim. Quero sair da escuridão da terra e ver o sol. Quero fazer germinar os rebentos sobre a crosta da terra. Quero crescer cada vez mais e estender os meus ramos para anunciar o início da Primavera. Quero cobrir-me de folhas, dar flores e produzir frutos.
       E essa semente cresceu lentamente e produziu.
       A outra semente disse:
       - Que raça de destino o meu! Tenho medo. Se estendo as minhas raízes no terreno debaixo de mim, não sei o que irei encontrar no escuro. Se abro caminho na terra dura por cima de mim posso estragar os meus frágeis rebentos. Se abro os meus botões, uma lesma vem-nos comer se dou flores, uma criança poderá arrancar-mas. Se produzo frutos, é para os outros os comerem. Não, o melhor é que fique aqui em segurança.
       Aconchegou-se na terra fria e aí ficou quieta e preguiçosa. Uma galinha que a esgravatava na terra, encontrou esta semente e comeu-a.

Autor desconhecido

terça-feira, 29 de junho de 2010

Ser transparente...

       Belíssimo diaporama, com imagens deslumbrantes, acompanhadas com um texto que nos desafia a sermos melhores:

sábado, 26 de junho de 2010

A árvore e a santidade

       O bispo foi visitar um mosteiro. Olhando pela janela, fitou o olhar numa árvore frondosa e secular. Nisto viram passar diante da árvore um homem que se lhe dirigiu dizendo-lhe algo. E a árvore floresceu.
       O bispo admirado, disse ao monge:
       - Viu o que sucedeu?
       - Sim, senhor bispo. Às vezes acontece. É coisa de santos.
       E passou depois um outro homem que também saudou a árvore, e esta imediatamente se encheu de frutos. Diz o bispo:
       - Este homem também deve ser um santo!
       O prelado estava cada vez mais admirado. Passado algum tempo, passou um mendigo. Disse algo à árvore. E nesse instante os frutos da árvore caíram a seus pés. O mendigo recolheu-os e seguiu o seu caminho. O bispo disse ao monge:
       - Este também deve ser um santo!
       Passou outra pessoa que também saudou a árvore e esta, para surpresa de todos, ficou com uma cor encarnada. O bispo comentou:
       - Este, pelo contrário deve ser um grande pecador.
       O monge respondeu: Não, irmão. Esse pobre homem louvou a Deus pela beleza da árvore e esta, que desconhecia ser tão bela, corou.

Autor desconhecido

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Pequenas regras para viver melhor

  • Dá às pessoas, mais do que esperam e fá-lo com gosto.
  • Não acredites em tudo o que escutares, não gastes tudo o que tens, nem durmas tudo o que quiseres.
  • Quando disseres "te amo", di-lo de verdade.
  • Quando disseres "sinto muito", olha a pessoa nos olhos.
  • Fala lentamente, mas pensa com rapidez.
  • Quando perceberes que erraste, faz o que for possível para consertares o teu erro. Imediatamente!
  • Abre os teus braços aos amigos, mas não te desprendas dos teus valores.
  • Lembra-te que o silêncio é, às vezes, a melhor resposta.
  • Uma atmosfera de carinho e afeição dentro de casa é fundamental.
  • Quando estiveres em desacordo com alguém, procura resolver a pendência de uma vez, sem ressentimentos.
  • Repartir os conhecimentos é uma maneira de alcançar a imortalidade.
  • Ajudar a quem precisa é a maior satisfação que o dinheiro pode trazer.
  • Lembra-te de que não conseguires o que se queres é, às vezes, um golpe de sorte.
  • Lembra-te que o melhor relacionamento é aquele no qual o amor de um pelo outro é maior do que a necessidade que um tem do outro.

sábado, 19 de junho de 2010

O Leão, o Insecto e a Aranha

       Um insecto se aproximou de um Leão e disse sussurrando em seu ouvido: “Não tenho nenhum medo de você, nem acho você mais forte que eu. Se você duvida disso, eu o desafio para uma luta, e assim, veremos quem será o vencedor.”
       E voando rapidamente sobre o Leão, deu-lhe uma ferroada no nariz. O Leão, tentando pegá-lo com as garras, apenas atingia a si mesmo, ficando assim bastante ferido.
       Desse modo o Insecto venceu o Leão, e entoando o mais alto que podia uma canção que simbolizava sua vitória sobre o Rei dos animais, foi embora relatar seu feito para o mundo. Mas, na ânsia de voar para longe e rapidamente espalhar a notícia, acabou preso numa teia de aranha.
       Então se lamentou dizendo: “Ai de mim, eu que sou capaz de vencer a maior das feras, fui vencido por uma simples Aranha.”
Autor: Esopo

Moral da História: O menor dos nossos inimigos é frequentemente o mais perigoso.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Testemunho: a minha adolescência

Ainda hoje comentamos que a adolescência foi feita para aborrecer as pessoas.
E é mais ou menos isso.
É um período de revoltas, de mudança e de interrogações.
É um período em que podes estragar a tua vida numa acção.
É um período de pressões e adrenalina.


Podes sentir-te o rei da montanha ou um completo idiota.
Tens a necessidade de ser melhor e demonstrá-lo.
Sofres e fazes sofrer.
A adolescência é tão masoquista.
       O que leva uma pessoa a revoltar-se contra tudo e a questionar aquilo em que outrora acreditava? Muitas pessoas têm teorias sobre isto mas minha opinião deviam parar, os adolescentes são criaturas incompreendidas.
       Embora também me enquadre nessa categoria, não compreendo os miúdos de liceu. Preferem o “High School Musical” ao “Forrest Gump”, o “Matemáticas Assassinas” ao “Monte dos Vendavais”, o Justin Bieber ao Brad Pitt… É mais interessante conversar com adultos, mas ao mesmo tempo tenho necessidade de partilhar momentos ridículos com os meus amigos.
       Os miúdos sentem-se tentados a fumar, beber, experimentar drogas, e, eventualmente, morrer.
       Lembro-me duma senhora qualquer que se gabava de seu filho à minha mãe: “O meu filho é um exemplo.” A única coisa que ela não sabe é que ele fuma pelo menos um maço por dia.
       Sinto-me quase agradecida por nunca ter tocado em nada disso, pois estragar a vida aos 12 é a pior coisa de que me consigo lembrar.
       Eu tenho sonhos que podem parecer idiotas: eu sei que o sucesso é muito difícil de atingir, mas estou disposta a fazer o que for preciso. O meu maior sonho é dançar todos os papéis clássicos antes dos 21 anos, tem piada não? Uma miúda do interior como prima bailarina?
       Nunca desisti, e faço aproximadamente quatro viagens de 50 minutos por semana para perseguir esse sonho. Não sei bem porquê nunca quis desistir, nem quando dancei pela primeira vez em pontas, embora parece-se ter enfiado os pés num picador de gelo.
       Vejo o mundo dos adultos como uma coisa fingida, ao fim ao cabo, são mais crianças do que eu. (...)
       Incomoda-me que a vida de muitos dos adolescentes gire à volta dum computador, dum telemóvel, ou de outra qualquer dependência, é só um ecrã… uma coisa que não alimenta nem sacia ninguém… e mesmo assim choramos, rimos, sentimo-nos felicíssimos ou como um animal subterrâneo em frente dele.
       E depois há Deus… não sei. Eu tenho alguma dificuldade em acreditar naquilo que não vejo. Considero a fé uma dádiva, e há pessoas que simplesmente ainda não a receberam, conheço pessoas que acreditam tão fielmente nisso, que quase me parece um insulto que eu tenha tantas dúvidas sobre Deus, por isso prefiro por me um pouco à parte nesse tema. Jesus foi um revolucionário, e eu concordo plenamente com o que ele disse, mas porque não podia ser puramente um revolucionário? Porque não podia ser apenas uma boa pessoa, um homem? Porque associamos o bem dele à divindade?
       Lembro-me também de quando reparei pela primeira vez na minha pele cheia de altos e zonas vermelhas, acho que passei duas semanas em choque. Afinal que preocupação é esta que temos com a imagem?! Que malditos estereótipos são estes que criamos? A verdade é que ninguém consegue atingi-los. Não existe nenhuma mulher tão perfeita como a Lara Croft nem nenhum homem tão fantástico como o Edward Cullen.
       Eu não consigo definir a adolescência em poucas palavras, mas tenho a certeza de que me vou lembrar dela daqui a vinte anos.

Ana Rute Gomes, nº7, 7ºA

terça-feira, 15 de junho de 2010

O Lobo e a sua sombra

       Um Lobo saiu de sua toca num fim de tarde, bem disposto e com grande apetite. E enquanto ele corria, a luz do sol poente batia sobre seu corpo, fazendo sua sombra aparecer refletida no chão.
       Então ele viu aquela sombra de si mesmo projetada no chão. E como a sombra de uma coisa é sempre bem maior que a própria coisa, ao ver aquilo, exclamou vaidoso: “Ora, ora, veja só o quanto grande eu sou! Imagine eu, com todo esse tamanho, e ainda tendo que fugir de um insignificante Leão! Eu o mostrarei, quando o encontrar, se Ele ou Eu, afinal, quem de verdade é o rei dos animais!”
       E enquanto estava distraído envolto em seus pensamentos e gabando a si mesmo, um Leão pulou sobre ele e o capturou.
       Ele então exclamou com tardio arrependimento: “Coitado de mim! Minha exagerada autoestima foi a causa da minha perdição.”

Moral da História:
       Não permita que suas fantasias o façam esquecer da realidade.

Autor: Esopo, in Nova Civilização.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Biografia de Jesus Cristo

       Trabalho (individual) do 9.º Ano, para a disciplina de EMRC, da Escola EB 2,3/S Abel Botelho, de Tabuaço:

sexta-feira, 4 de junho de 2010

BI de Jesus Cristo

       Trabalho de EMRC, individual, sobre Jesus Cristo, em formato de Bilhete de Identidade e/ou biografia:

BI de Jesus de Nazaré

       Trabalho de EMRC, individual, sobre Jesus Cristo, em formato de Bilhete de Identidade e/ou biografia:

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Quantas vezes...

...Não fiz o meu irmão feliz;
...Desobedeci ao meu pai e à minha mãe;
...Na escola, deixei de estudar;
...Não respeitei a natureza;
...Por egoísmo, só pensei em mim;
...Não perdoei aos meus amigos;
...Utilizei a violência nas palavras e nos gestos;
...Disse “não”, a quem me pedia ajuda;
...Com mentiras, enganei os meus amigos e os meus pais;
...Na escola, não me apliquei em aprender;
...Em casa, recusei-me a ajudar os meus pais e os meus irmãos;
...Por egoísmo, não partilhei as minhas coisas com os outros;
...Perdi tempo com a televisão e o computador;
...e não cumpri as minhas obrigações de filho e estudante.
in Caminhos de Encontro. Caderno do Aluno, EMRC, 5.º Ano.

sábado, 22 de maio de 2010

A pomba e o ramo de oliveira

       Passaram-se dias e semanas: muito, muito tempo de espera para que Deus agisse e sem nada ver para além de chuva e inundação. Mas Deus não se esquecera de Noé e da sua arca. Por fim, um vento começou a soprar e as águas começaram a descer. Muito lentamente, as águas regressaram aos seus leitos.
       Ao décimo sétimo dia do mês, a arca de Noé estremeceu e parou. Tinha pousado sobre o cimo de uma montanha. Ali, Noé esperou à medida que, um a um, os outros topos de montanhas iam emergindo do dilúvio.
       Mais quarenta dias se passaram. Noé abriu uma janela e soltou um corvo. Este voou e voou mas não regressou, por isso Noé soltou uma pomba. Esta voou durante algum tempo depois regressou e pousou na mão de Noé.
       “Esperemos mais sete dias” – disse Noé, “depois mandamo-la de novo procurar”.
       Da vez seguinte que a pomba saiu, regressou com um ramo de oliveira no seu bico.
       Noé esperou mais sete dias antes de soltar a pomba uma terceira vez. Esta não regressou. Havia encontrado um local para pousar.

Mónica Aleixo, in Voz Jovem, Abril 2010.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O suave milagre

       Nesse tempo Jesus ainda se não afastara da Galileia e das doces, luminosas margens do lago de Tiberíade - mas a nova dos seus milagres penetrara já até Enganim, cidade rica, de muralhas fortes, entre olivais e vinhedos, no país de Issacar.
       Uma tarde um homem de olhos ardentes e deslumbrados passou no fresco vale, e anunciou que um novo profeta, um rabi formoso, percorria os campos e as aldeias da Galileia, predizendo a chegada do Reino de Deus, curando todos os males humanos. (…)
       Ora entre Enganim e Cesareia, num casebre desgarrado, sumido na prega de um cerro, vivia a esse tempo uma viúva, mais desgraçada mulher que todas as mulheres de Israel. O seu filhinho único, todo aleijado, passara do magro peito a que ela o criara para os farrapos da enxerga apodrecida, onde jazera, sete anos passados, mirrando e gemendo.
       Tão longe do povoado, nunca esmola de pão ou mel entrava o portal. (…)
       Um dia um mendigo entrou no casebre, repartiu do seu farnel com a mãe amargurada, e um momento sentado na pedra da lareira, coçando as feridas das pernas, contou dessa grande esperança dos tristes, esse rabi que aparecera na Galileia, e de um pão no mesmo cesto fazia sete, e amava todas as criancinhas, e enxugava todos os prantos, e prometia aos pobres um grande e luminoso reino, de abundância maior que a corte de Salomão.
       A mulher escutava, com olhos famintos. E esse doce rabi, esperança dos tristes, onde se encontrava? O mendigo suspirou. Ah esse doce rabi!
       Quantos o desejavam, que se desesperançavam! (...)
       Obed, tão rico, mandara os seus servos por toda a Galileia para que procurassem Jesus, o chamassem com promessas a Enganim; Sétimo, tão soberano, destacara os seus soldados até à costa do mar, para que buscassem Jesus, o conduzissem, por seu mando, a Cesareia. (…) E todos voltavam como derrotados, com as sandálias rotas, sem ter descoberto em que mata ou cidade, em que toca ou palácio, se escondia Jesus.
       A tarde caía. O mendigo apanhou o seu bordão, desceu pelo duro trilho, entre a urze e a rocha. A mãe retomou o seu canto, a mãe mais vergada, mais abandonada. E então o filhinho, num murmúrio mais débil que o roçar de uma asa, pediu à mãe que lhe trouxesse esse rabi que amava as criancinhas, ainda as mais pobres, sarava os males, ainda os mais antigos.
       A mãe apertou a cabeça esguedelhada:
       - Oh filho! E como queres que te deixe, e me meta aos caminhos à procura do rabi da Galileia? (...)
       A criança, com duas longas lágrimas na face magrinha, murmurou:
       - Oh mãe! Jesus ama todos os pequeninos. E eu ainda tão pequeno, e com um mal tão pesado, e que tanto queria sarar!
       E a mãe, em soluços:
       - Oh meu filho, como te posso deixar? Longas são as estradas da Galileia, e curta a piedade dos homens. Tão rota, tão trôpega, tão triste, até os cães me ladrariam da porta dos casais. Ninguém atenderia o meu recado, e me apontaria a morada do doce rabi. Oh filho! Talvez Jesus morresse…
       Nem mesmo os ricos e os fortes o encontram. O Céu o trouxe, o Céu o levou. E com ele para sempre morreu a esperança dos tristes.
       De entre os negros trapos, erguendo as suas pobres mãozinhas que tremiam, a criança murmurou:
       - Mãe, eu queria ver Jesus…
       E logo, abrindo devagar a porta e sorrindo, Jesus disse à criança:
       - Aqui estou.

Eça de Queiroz. Contos - O Suave Milagre, in Caminhos de Encontro. Manual de EMRC, 5.º Ano.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Um estranho perto de minha casa

       Um velho camponês observava, descontente, um jovem que construía uma cabana perto do seu arrozal.
       - Pergunto-me de onde veio - disse à mulher, nessa mesma noite. - Não é daqui da terra. A julgar pelas roupas, é originário das montanhas. Que vem fazer para aqui? Isto não me agrada nada. Isto não me agrada mesmo nada...
       - Porque não vais cumprimentá-lo amanhã? - Aconselhou a mulher.
       - Dá-lhe as boas vindas. De certeza que não conhece ninguém por estes lados.
       - Nem penses nisso - ripostou o camponês. - Não sabes que os habitantes das montanhas são todos uns ladrões? Ignoremo-lo; com sorte, talvez até se vá embora.
       Todos os dias, o camponês trabalhava no arrozal. Com a água pela barriga das pernas, arrancava as ervas daninhas e punha-as num balde. Uma manhã, descobriu que o balde não estava no sítio do costume.
       - Eu sabia. - Vociferava, enquanto levantava a cama e espreitava por detrás do armário. - Eu sabia. O homem roubou-me. Roubou o meu balde!
       A mulher perguntou-lhe:
       - Quem te roubou o balde?
       - Ora quem! - Sussurrou o homem - O montanhês!
       - Ninguém te roubou nada - assegurou a mulher. - Sabes muito bem que passas a vida a perder tudo. Procura bem o balde e acabarás por encontrá-lo!
       Mas o camponês não lhe deu ouvidos. Saiu de casa à socapa e foi espiar o vizinho. O jovem estrangeiro cuidava tranquilamente das suas tarefas, mas o camponês achou que ele tinha um ar suspeito.
       - Não há dúvida - disse para consigo, semicerrando os olhos enquanto observava o montanhês. - Tem ar de ladrão de baldes, anda como um ladrão de baldes: é um ladrão de baldes!
       - Bom-dia, vizinho - saudou-o o jovem, ao aperceber-se de que o camponês o espreitava por detrás de uma árvore.
       O velho fugiu a correr. Quando chegou junto da mulher, disse-lhe, esbaforido:
       - Estás a ver, até me cumprimenta para que não desconfie dele. É mesmo arrogante! Desafia-me! Ri-se de mim!
       O camponês barricou-se em casa com a mulher, as dez galinhas e os três porcos.
       - Meu pobre amigo - disse-lhe a mulher, abrindo a porta. - Perdeste mesmo a cabeça!
       - Mas - gemeu o camponês - Agora que tem o meu balde, vai querer tudo o que eu tenho. E ainda não te disse tudo - acrescentou o homem, batendo os dentes. - Quando não são ladrões, os montanheses são assassinos!
       A mulher encolheu os ombros e foi dedicar-se às tarefas do dia.
       Ao cair da tarde, o camponês saiu de casa para beber água do poço. E o que viu ele, pousado no parapeito do poço? O seu balde! Lembrava-se agora que tinha ido buscar água para dar de beber aos animais. Tinha-se esquecido completamente de pôr o balde no lugar.
       - Mas - repetia para si mesmo, envergonhado - O montanhês tinha mesmo ar de ladrão...

Johanna Marin Coles & Lydia Maria Marin Ross. O balde. Retirado de Caminhos de Encontro, Manual de EMRC, 5.º Ano

quinta-feira, 29 de abril de 2010

O tigre velho e o veado novo

       O tigre queria construir a sua casa. Encontrou um lugar esplêndido junto ao rio. E a mesma ideia teve um jovem veado.
       No dia seguinte, antes do sol nascer, o veado cortou as ervas, as árvores e foi-se embora. A seguir chegou o tigre e, ao ver tanto material de construção já reunido, exclamou: “Alguém que gosta de mim veio ajudar-me!” E pôs-se a construir os muros da casa.
       Na manhã seguinte, o veado voltou bem cedo. Viu o panorama e disse: “Que belos amigos que eu tenho: Ajudam-me e nem querem que eu agradeça!”. Fez o tecto da casa, dividiu-a em duas partes e instalou-se numa delas.
       Quando o tigre chegou e viu a casa terminada, julgou que era obra do amigo desconhecido e instalou-se na outra parte da casa.
No dia seguinte, ocorreu que os dois saíram ao mesmo tempo. Compreenderam então o que tinha acontecido. Mas o veado atreveu-se a dizer “Já que ambos construímos a casa, porque é que não vivemos os dois juntos e em paz?”.
O tigre aceitou: “Boa ideia. Assim ajudamo-nos também. Hoje irei eu procurar a comida. Amanhã vais tu...”. E foi para o bosque.
Regressou ao entardecer. Trazia um veado já crescidinho. Atirou-o para a frente do seu sócio e, com a voz muito seca, disse: “Toma, faz a comida”.
       O veado, a tremer de medo, preparou a comida, mas nem conseguiu provar. E muito menos conseguiu dormir durante toda a noite. Receava que o seu feroz companheiro sentisse fome e viesse buscá-lo.
       No dia seguinte tocava ao veado procurar a comida. Que havia de fazer? Encontrou um tigre a dormir. Era maior que o seu companheiro. Teve então uma ideia. Procurou o urso, e disse-lhe: “Ali está um tigre a dormir.
       Um dia destes, ouvi-lhe dizer que tu és um mole e que não tens força...”.
       O urso foi em silêncio até ao tigre, agarrou-o e estrangulou-o. O veado conseguiu arrastar o tigre morto para casa. Deitou-o junto do tigre seu sócio e disse-lhe com desprezo: “Toma, come: só consegui encontrar este fracote...”.
       O tigre não disse nada, mas ficou muito inquieto e desconfiado. Não comeu absolutamente nada. Nem pôde dormir toda a noite. Disse para consigo: se o veado matou um maior que eu, deve ter alguma arma secreta, não é tão fraco como parece... O veado também não dormiu, pois pensava: o tigre vai vingar-se enquanto eu durmo. Já de dia, ambos caíam de sono. A cabeça do veado bateu sem querer na parede que separava os quartos. O tigre, pensando que o seu companheiro o ia atacar, fugiu; mas, sem querer, fez barulho com as garras.
       O veado, convencido de que o tigre vinha atacá-lo, também fugiu. No caminho encontrou-se com o urso-formigueiro que lhe perguntou: “Porque vais a correr tanto?”. Explicou-lhe, quase sem respirar, mas continuou a correr.
       O urso pensou: são mesmo tolos. Fizeram uma óptima casa e não sabem desfrutá-la, baseiam-se mais nas diferenças que têm do que na ajuda que podem dar um ao outro. Vou procurar quem queira partilhá-la comigo. Ocuparemos a casa e seremos felizes.

In Educar através de Fábulas, retirado de Caminhos de Encontro, Manual de EMRC, 5.º Ano.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ainda a vivência da Semana Santa

       A festa maior do cristianismo é a Páscoa. Tudo o que conduza este mistério, palavra de Deus, oração, celebrações, tem a preocupação de nos ajudar a consciencializar o amor de Deus para connosco e a nossa possível adesão a Jesus Cristo.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Quem será?!

       Nasceu numa pequena aldeia de uma mulher do campo.
       Cresceu noutra aldeia, onde trabalhou como carpinteiro, até ter 30 anos. Depois, durante três anos foi um pregador ambulante.
       Nunca escreveu nenhum livro.
       Nunca teve um cargo público.
       Nunca teve casa nem constituiu família.
       Nunca frequentou a universidade.
       Nunca viajou para mais de trezentos quilómetros do seu lugar de nascimento.
       Nunca fez nada do que se associa como grandeza.
       Tinha apenas 37 anos quando a opinião pública se revoltou contra Ele.
       Os seus amigos abandonaram-no.
       Foi entregue aos inimigos que fizeram troça dele num simulacro de julgamento.
       Foi condenado e crucificado entre dois ladrões.
       Enquanto agonizava, os seus verdugos lançaram sortes sobre as suas vestes, a única riqueza que possuía.
       Quando morreu, foi enterrado num túmulo cedido por um amigo.
       Passaram vinte séculos, e hoje é a figura central do nosso mundo, o dirigente do progresso da humanidade.
       Nenhum dos exércitos que marcharam, nenhuma das armadas que navegaram, nenhum dos parlamentos que se reuniram, nenhum dos reis, nem todos eles juntos, mudaram tanto a vida do homem na terra como esta vida solitária.
autor desconhecido

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dois amigos: amizade e perdão!

       Diz uma lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e em determinado ponto da viagem, discutiram e um deu uma bofetada no outro. O outro, ofendido, sem nada poder fazer, escreveu na areia:
       - Hoje, o meu melhor amigo deu-me uma bofetada no rosto.
       Seguiram adiante e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-se. O que havia sido esbofeteado e magoado começou a afogar-se, sendo salvo pelo amigo.
       Ao recuperar, pegou num canivete e escreveu numa pedra: Hoje, o meu melhor amigo salvou minha vida. O outro amigo perguntou:
       - Por que é que, depois que te magoei, escreveste na areia e agora, escreveste na pedra? 
       Sorrindo, o outro amigo respondeu: 
       - Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever onde o vento do esquecimento e o perdão se encarreguem de apagar a lembrança. Por outro lado, quando nos acontece algo grandioso, devemos gravar isso na pedra da memória do coração onde vento nenhum poderá apagá-lo.
        Só é necessário um minuto para que simpatize com alguém, uma hora para gostar de alguém, um dia para querer bem a alguém, mas precisa de toda uma vida para que possa esquecê-lo.