segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Velho - Mafalda Veiga

Música/canção proposta para o 9.º ano, Unidade 1, sobre a dignidade humana. Aqui apresentada com imagens relacionadas com a letra...

sábado, 24 de novembro de 2012

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Roberto Carneiro - sobre a educação, a escola, professores, alunos,...

Esta é uma parte da entrevista proposta pela Família Cristã, na sua edição de setembro, com ROBERTO CARNEIRO, antigo Ministro da educação.

Família Cristã (F.C.) – Falou em melhorar a qualidade dos professores. Temos maus professores?

Roberto Carneiro (R.C.) – Temos de dar atenção à formação inicial dos professores nas pedagogias, nas didáticas e nas práticas de ensino. Os professores estão a formar-se de um prisma excessivamente teórico. Temos professores excelentes – mas, muitas vezes não temos é professores competentes para exercerem a sua profissão. Eu repensava toda a formação inicial. Fechava as escolas superiores de educação – temos demais, umas 50 entre públicas e privadas – e recriava uma meia dúzia de instituições renovadas de formação inicial de professores do ensino básico, investindo a sério nas práticas pedagógicas, nas didáticas específicas e nos métodos de ensino-aprendizagem.

FC – Como é que as escolas podem chegar a cada aluno?

R.C. – Com programas de discriminação positiva. A escola não pode ser igualitária, dando a todos o mesmo. Tem de dar mais a quem menos tem. Tem de ajudar os pais com programas de formação integrados, dar [aos alunos] condições de alimentação e de saúde, caso não as tenham. Os alunos não podem aprender se não têm bem-estar. Tem de se estar atento aos maus-tratos em casa e combater todos esses efeitos nefastos que fazem com que as crianças não aprendam. Porque as crianças estão programadas para aprender importa reconhecer que há fatores externos que condicionam as aprendizagens desde a aquisição primeira dos fundamentos da literacia. Quanto mais precocemente o risco for detetado, melhor. A criança portadora de risco tem de ser identificada no pré-escolar, quanto muito no primeiro ciclo – não aos 15 anos.

FC – Isso exige um outro treino, um olhar diferente para o aluno...

R.C. – Os alunos não são peças de uma máquina – são pessoas que merecem ser amadas e vistas com atenção. O professor que ama os seus alunos, como um pai ama os seus filhos, deteta, sinaliza e procura encontrar meios para que essas deficiências sejam colmatadas.A sala de aula não é um conjunto indiscriminado de 25 ou 30 alunos. São 25 ou 30 pessoas individuais e o professor tem de aprender a lidar com cada uma, de acordo com as suas motivações, os seus itinerários, os seus ritmos. Daí a necessidade de se formar os professores de novo. Essas 25 ou 30 pessoas não são uma massa informe à nossa frente. Quando eu era ministro vinham professores ter comigo dizer: «O ideal era ter turmas homogéneas de alunos progredindo por igual.» Eu respondia-lhes que esse era também o sonho de Hitler. O ideal é ter turmas mistas, completamente diferentes, uns alunos mais amarelos, outros mais brancos, outros ainda mais escurinhos, com identidades, culturas e memórias diferentes, por todos partilhadas. Por isso sempre contrapus pedagogias aditivas – que consideram a diferença um ativo – às pedagogias subtrativas que querem homogeneizar tudo à força e em detrimento das distintas histórias de vida de cada aluno.

FC – Num relatório recente da OCDE defende-se que é preciso aumentar as interações entre alunos e professores.

R.C. – O modelo educativo que vem do séc. XVIII é um modelo fabril da Revolução Industrial. Os alunos entram numa linha de montagem em série e os professores vão acrescentando valor. Das 8 às 9 dão Português, das 9 às 10 Matemática, e por aí fora. Presume-se que assim o aluno consegue sair mais sábio. Não é verdade. Esse modelo está centrado na produção e não no aluno. Um sistema centrado no aluno será completamente diferente. Cada um tem o seu itinerário próprio, a sua forma de aprender, a sua personalidade, a sua marca distintiva. A construção do conhecimento não toma os saberes como algo de objetivo que se mete dentro da cabeça de todos os alunos por igual. Tudo isto tem de ser revisto, pois, na perspetiva da transição de um modelo industrial para um modelo de serviço. No modelo de serviço, a escola vai ao encontro dos alunos e das suas necessidades. Não traz as pessoas à escola para se submeterem à ditadura da produção. A escola tem de criar condições para que a pessoa possa singrar ao seu ritmo, à sua maneira, de acordo com as suas ambições e sonhos. Lembro que os primeiros educadores profissionais, os sofistas, não se encontravam sentados em escolas à espera dos alunos. Bem ao invés, na antiga Grécia, os educadores saíam à rua em busca das crianças que eles educavam na virtude e na prática do bem.
FC – Quando falta cidadania, quando os portugueses participam muito pouco...

R.C. – Estou preocupado com isso. Há uma clivagem ética, cada um tenta resolver os problemas por si e para si. Esta clivagem ética de toda a Europa mina os seus fundamentos. Recordo-me de um episódio, passado há já alguns anos, quando um jornalista pergunta ao [ensaísta] Eduardo Lourenço qual seria a solução para a Europa. Ele respondeu simplesmente: «A fraternidade cristã.» Na fraternidade cristã somos todos irmãos em Jesus Cristo e filhos do mesmo Pai. Ninguém tem o direito de explorar e maltratar o outro. Esse sentido ético da fraternidade é eu sentir que preciso do outro para a minha felicidade, porque o outro não é senão a outra metade de mim. Sou incompleto se não me completar com o outro. Por conseguinte, uma questão central que temos de recolocar hoje, como há 2000 anos, é: Quem é o meu próximo? Como me posso sentir pobre dele? Que iniciativa devo tomar para dele me aproximar sem nada esperar em retorno?

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Jillian Jensen - Who You Are | X Factor USA

       Jillian Jensen, de 19 anos, foi desde muito nova vítima de bullying na escola e procurou sempre apoio na música para se sentir melhor. Este ano decidiu participar no X Factor e protagonizou um dos momentos mais emocionantes deste programa. A jovem conseguiu deixar várias pessoas com lágrimas nos olhos, inclusive o próprio Simon, que recebeu o seguinte comentário da Demi Lovato: «You have a heart».

Fonte: AQUI

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Ecclesia: Educação, Escola e Família em debate

       Debate sobre a educação e a escola e a família e as opções políticas... Procurar escutar sem preconceitos nem teias de aranha, sem ideologias... com os professores Cristina Sá Carvalho (Secretariado Nacional da Educação Cristã) e António Estanqueiro.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

São Maximiliano Kolbe

       A unidade letiva 3, do 8.º ano de escolaridade, em EMRC, sobre a LIBERDADE, inicia com a apresentação de Maximiliano Kolbe, que num campo de concentração nazi ilustrou o que significa ser livre: dar a vida pelos outros:

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Santa Bakhita, de escrava negra a santa

       A unidade letiva 3, do 8.º ano de escolaridade, de EMRC, trata da liberdade, como projeto e desafio. Neste sentido, outra sugestão luminosa, o filme sobre a escrava negra que se torna Santa entre os brancos...

Roberto Italo Zanini, BAKHITA. Uma santa para o século XXI. Paulinas: 2010.

        "A ex-escrava africana, torturada e maltratada, ao serviço de um poderoso mercador árabe e de um general turco. Resgatada em Cartum, em fins do século XIX, pelo vice-cônsul italiano, e levada para Veneto, foi ama de uma criança, baptizou-se, tornou-se freira na Ordem das Filhas da Caridade, de Madalena de Canossa, e fez-se santa, vivendo por cinquenta anos naquele quarto do Convento das Canossianas, na Rua Fusinato, em Schio, na província de Vicenza.

       Um pouco sudanesa, um pouco italiana. Extra-comunitária ante litteram. Raptada em criança para ser escrava. Vendida e comprada cinco vezes, como tantas crianças, ainda hoje, em África e no mundo. Não tem recordações nenhumas da sua família. Não se lembra do nome que o seu pai e a sua mãe lhe deram. Recorda apenas o nome árabe, imposto por ironia, pelos esclavagistas que a raptaram: Bakhita, isto é, a Afortunada".
       Este é um pedaço de texto que caracteriza Santa Bakhita, proclamada Beata, em 17 de Maio de 1992, e Santa, em 1 de Outubro de 2000, que no-la apresenta como santa para o século XXI. Terá nascido no Darfur, no Sudão, em 1969, e morreu a 8 de Fevereiro de 1947.
       Este Livro retrata a sua epopeia e a grande atracção que provoca, em vida e em morte, nas pessoas que dela se aproximam. É também uma grande esperança para o continente africano, sinal de libertação...
       É uma leitura escorreita, fácil, agradável, que nos leva a percorrer página a página com a ânsia de saber mais coisas, facilmente perceptível. Mostra-nos uma pessoa muito simples, (quase) analfabeta, fala atabalhoadamente, ri-se de si mesmo, mas cativante para os ouvintes, bem humorada, que vive para O Patrão de tudo e de todos.

Roberto Italo Zanini, BAKHITA. Uma santa para o século XXI. Paulinas: 2010.
       As edições paulinas editaram o livro, que aqui recomendámos, e também o filme (baseado no livro): Bakhita, de escrava a santa. Veja a apresentação, falada em português:

terça-feira, 15 de maio de 2012

Escolhas - Sara Tavares

       O manual de EMRC, do 5º ano de escolaridade - Caminho de Encontro - propõe, na Unidade Letiva 4: PROMOVER A CONCÓRDIA, a música de Sara Tavares, Escolhas. Como seres humanos uma das nossas caraterísticas fundamentais é a liberdade. Vivendo em sociedade, a liberdade há de conjugar-se com outros valores. As escolhas que fazemos hoje influencia a nossa vida amanhã, mas também a vida daqueles que nos rodeia. Fica a belíssima música, ilustrada com imagens dos Manuais de EMRC (apoio multimédia) e da Internet:

Parecia fácil, mas havia confusão.
Já não sabia se dizer sim ou não.
Entrar na onda, era fácil aguentar.
O que assustava era como ia acabar.
Os pensamentos começaram a correr
E, de repente, eu já estava sem saber
Se tudo aquilo em que eu sempre acreditara (sempre acreditara),
No meio de toda esta loucura,
Ia acabar por ser só mais uma mentira.
Foi como ouvir alguém dizer:


Refrão
Sei que posso fazer tudo,
Mas nem tudo me convém.
Tenho liberdade pra viver
A minha vida, mal ou bem.
Sei que posso fazer tudo,
Mas nem tudo me convém.
O que escolho fazer hoje
Vou vivê-lo amanhã.

Tinha vontade de deixar de lutar
Contra o que sabia que era melhor evitar.
Só uma vez não iria mudar nada
Pensar no fim é que ainda me assustava.
Os pensamentos começaram a correr (os pensamentos a correr),
Mas, de repente, eu já estava sem saber (estava sem saber)
Se tudo aquilo em que eu sempre acreditara (acreditara),
No meio de toda esta loucura,
Ia acabar por ser só mais uma mentira.
Foi como ouvir alguém dizer:
Refrão
Sei que posso fazer tudo,
Mas nem tudo me convém.
Tenho liberdade pra viver
A minha vida, mal ou bem.
Sei que posso fazer tudo,
Mas nem tudo me convém.
O que escolho fazer hoje
Vou vivê-lo amanhã.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Sereis minhas testemunhas

       Canção do Pe. Marcos Alvim, sacerdote da Diocese de Lamego, ilustrada em jeito de diaporama, para encontros bíblicos e aulas de EMRC.


       É um cântico inspirado no Evangelho, no mandato de Jesus. Recebereis o Espírito Santo, sereis minhas testemunhas.

sexta-feira, 2 de março de 2012

A felicidade à mão de semear!

Há quem pergunte: por que é que alguns dos meus companheiros andam tão felizes e eu não? Não tenho também porventura o direito à felicidade?

Não há receitas para se ser feliz. Nem certamente alguém poderá dizer de verdade que é realmente feliz. Contudo, podemos ter atitudes que podem tornar os nossos dias mais alegres.
Damos 5 sugestões:

1. O LADO POSITIVO
       Em vez de vermos o lado negativo das coisas, é bom vê-las com outros olhos. É o caso do copo meio cheio. O optimista fica satisfeito porque está com líquido até meio. O pessimista vê a parte vazia e lamenta-se.

2 . TER UM PROJECTO DE VIDA
       Cada qual deve ter um projecto a realizar a curto, a médio e a longo prazo. Que seja um projecto belo, que ajude a ser mais humano e mais solidário. E empenhar-se activamente na sua realização. O trabalho dá alegria.

3. INTELIGÊNCIA E CORAÇÃO
       Cada qual deve exercitar a sua inteligência, sentindo alegria de fazer sempre novas descobertas. Mas deve também exercitar o coração, escutando as pessoas, conhecendo-as melhor e amando-as como a nós mesmos.

4. NÃO ESPERAR PELOS OUTROS
       Isto significa que será cada qual a assumir o seu destino, sem estar à espera que nos venham servir a felicidade numa bandeja. Ajudados por uns e estorvados por outros, somos nós os responsáveis da nossa vida.

5. FAZER NOVAS AMIZADES
       É bom ter o nosso grupo de amigos, em quem confiamos e com quem nos sentimos felizes. Mas é saudável encontrar outras pessoas, conquistar novas amizades, dedicando-lhes o nosso tempo, torná-las felizes.

in Revista Juvenil, Outubro 2010, n.º 539

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A lama que atiramos cai-nos na roupa!!!

       Um dia o Zeca regressou da escola cheio de raiva. Antes que o pai lhe perguntasse alguma coisa, gritou irritado:
       - O Pedro não devia ter feito aquilo para comigo. Humilhou-me à vista de todos. Quero que ele sofra como eu. Quem me dera que ele parta uma perna...
       O pai escutou tudo calado enquanto caminhou para o fundo do jardim onde guardava um saco cheio de carvão. O Zeca viu o saco aberto e o pai a propor-lhe:
       - Filho, faz de conta que aquela camisa branca a secar no varal é o amigo que te ofendeu e cada pedaço de carvão é uma acusação que tens contra ele. Atira-lhe este carvão todo.
       O miúdo achou a brincadeira divertida e descarregou assim a sua fúria mas a camisa estava longe demais e poucos pedaços acertaram o alvo. No final sentiu-se cansado mas satisfeito por ter conseguido alguma coisa. O pai levou-o então até ao espelho do quarto onde pôde ver a sua figura toda suja de carvão. Só enxergava os dentes e os olhos. O pai concluiu ternamente:
       - Filho, viste que aquela camisa quase que nem se sujou mas, olha para ti. O mal que desejamos aos outros é aquilo que nos desfigura. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com as nossas acusações, a borra, os resíduos e a fuligem ficam sempre em nós mesmos.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Quando acaba a noite... e começa o dia!

       Um Sábio fez um dia aos seus alunos a seguinte pergunta:
       - Como é que se pode reconhecer o momento exato em que acaba a noite e começa o dia.
       Um deles respondeu:
       - Talvez quando já não se consegue distinguir um cão de uma ovelha.
       - Não.
       Um outro disse:
       - Quando se distingue um figueira de uma oliveira.
       - Também não.
       Seguiram-se outras respostas e o velho Sábio ia respondendo que não. Foi então que eles pediram:
       - Diga-nos então quando é que se pode reconhecer o momento exato em que acaba a noite e começa o dia.
       Ele respondeu:
       - É quando tu, ao olhares para o rosto de uma pessoa qualquer, reconheces nela um irmão ou uma irmã. Antes de chegares a esse ponto, é ainda noite no teu coração.

In revista Juvenil, n.º 552, fevereiro 2012.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A pressa da cerejeira jovem

       Na colina da aldeia havia algumas cerejeiras. A primavera ainda estava longe, mas os habitantes esperavam ansiosamente por verem desabrochar as delicadas flores brancas, coloridas de rosa.
       Junto de uma velha cerejeira havia uma outra ainda muito nova. Mas ela tinha uma imensa pressa de crescer, para mostrar a beleza das suas flores.
       A jovem cerejeira perguntava muitas vezes à mais velha:
       - Quando posso florir? Falta muito tempo?
       Ela respondia-lhe sempre:
       - Tens de ter paciência, cara amiga. Na natureza há leis a cumprir. Espera pela tua hora. Verás que, quando terminar o inverno, florirás. Serás bela como uma noiva. Depois virão as primeiras cerejas. Por agora, tens de ter paciência.
       A jovem cerejeira, embora lhe custasse muito esperar, suspirava:
       - Está bem!
       Um certo dia de fevereiro amanheceu com um sol radioso. Parecia mesmo um dia de primavera.
       A jovem cerejeira, ao princípio da tarde, perguntou:
       - Já posso florir?
       A velha cerejeira, indisposta, disse:
       - Uff! Vós, as grandes, sois sempre assim! Só sabeis dizer que é preciso ter paciência. Estou farta de vos ouvir! Está um maravilhoso e, a partir de agora, serei eu a mandar em mim.
       E foi assim que dos botões da jovem cerejeira despontavam belíssimas flores. As pessoas passavam por ali e ficavam maravilhadas ao contemplar essas flores brancas coloridas de rosa.
       A jovem cerejeira sentia-se feliz, contemplando-se a si própria e admirando a sua beleza. Era na paisagem a única cerejeira florida.
       Infelizmente, esses dias de sol primaveril duraram pouco tempo. Veio de novo o frio e o gelo, queimando todas as suas flores. Tinha querido ser adulta antes do tempo e estragou a vida.

In revista Juvenil, n.º 552, fevereiro 2012.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

São sementes... que se tornam árvores!

       Uma pinha madura desprendeu-se de um ramo e rolou pela encosta da montanha. Bateu contra um rochedo e foi parar a um terreno húmido.
       Muitas sementes saíram de dentro da pinha e caíram na terra. felizes, exclamaram:
       - Chegou a nossa hora!
       Começaram com entusiasmo a aninhar-se no terreno. Mas, quando chegou o momento de germinar, descobriram que, por serem tantas, sentiam-se incomodadas por estar tão juntas. Uma delas dizia:
       - Chega-te mais para lá.
       A outra, irritada:
       - Não. Afasta-te tu.
       Todas discutiam menos uma. Esta semente bela e robusta declarou solenemente:
       - Podeis continuar a discutir. Fazei como quiserdes. Mas asseguro-vos que, assim tão juntas, crescereis raquíticas. Não quero nada convosco. Sozinha, irei tornar-me numa árvore grande, nobre e imponente.
       Com a ajuda da chuva e do vento, a semente conseguiu afastar-se das suas companheiras e lançar as suas raízes.
       Passadas algumas estações do ano, graças à neve, à chuva, e ao sol, tornou-se num magnífico e jovem abeto. Dominava o vale, enquanto os seus companheiros se tinham tornaram num bosque. Ofereciam sombra e frescura repousante aos caminhantes e aos animais da montanha.
       Isto não significa que os problemas tenham terminado. Havia sempre algum abeto que dizia:
       - Não me toques. Estás a incomodar-me com os teus ramos.
       Outro dizia:
       - Roubas-me o sol. Chega-te para o lado.
       O abeto solitário olhava irónico e soberbo. Ele tinha todo o espaço e o sol que desejava.
       Uma noite, veio uma grande ventania. Seguiu-se uma violenta tempestade. Os abetos apertaram-se uns contra os outros, a tremer, mas a proteger-se e a amparar-se mutuamente.
       Quando a tempestade acalmou, os abetos estavam extenuados, mas salvos. Todos, menos um. Do soberbo abeto não restava senão uns restos do tronco. Tudo tinha desaparecido.

In. Revista Juvenil, n.º 551, janeiro 2012

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

6 curiosidades sobre o corpo humano

1 - As células do cérebro vivem mais tempo do que todas as outras células do corpo.

2. Quanto mais tu te concentras, menos piscas os olhos.

3. Os teus dentes são mais duros que os teus ossos.

4. Algumas pessoas podem ouvir os seus olhos a moverem-se.

5. É impossível fazer cócegas a ti próprio.

6. Podes comprar sobrancelhas e pestanas falsas feitas com cabelo real.
in Revista Juvenil, n.º 551, janeiro 2012

sábado, 14 de janeiro de 2012

A adolescência é...

  • A adolescência começa quando os meninos descobrem as meninas e as meninas descobrem que foram descobertas. (anónimo)
  • A adolescência é como uma casa em dia de mudança: uma balbúrdia temporária. J. E. Warren
  • Adolescência é o período no qual os jovens começam repentinamente a achar que utilizar o telemóvel é função deles. Anónimo
  • Dizer adolescente é dizer que se está a curar lentamente da infância. A. Bierce
  • Adolescência é a idade que se tem de novo fome, mesmo antes da mãe lavar os pratos. Anónimo
  • Explicar os factos da vida a um adolescente é como dar banho a um peixe. A. Glasow

Revista Juvenil, n.º 551, janeiro 2012