sábado, 27 de abril de 2013

EU CREIO

       No Ano da Fé, a criatividade tem vindo ao de cima, aqui um trabalho muito juvenil e luminoso do SDPJVR (Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil de Vila Real), sobre o Credo:

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Unidade letiva 4 - O Pão de cada dia - 6.º ano de EMRC

       Entrámos na Unidade letiva 4 - O Pão de cada dia. Dois trabalhos sugestivos para melhor refletir sobre o alimento e falta dele. O pão é expressão de toda a alimentação.



segunda-feira, 15 de abril de 2013

Fernão Capelo Gaivota - um fábula enternecedora

       Richard Bach, piloto da Força Aérea, é um escritor de renome, com vários livros publicados, entre os quais esta saga de Fernão Capelo Gaivota, sobre a liberdade de uma Gaivota (macho), que quer usar as asas para voar mais longe. Uma fábula inspiradora e que nos desafia a ultrapassar as barreiras do preconceito e das nossas limitações. Quantas vezes o ser humano desiste porque o ambiente que o rodeia é desfavorável, ou porque outros não acreditam nas suas qualidades? O texto interpela-nos a não nos afundarmos no pessimismo.
       Na Unidade Letiva 3 - A liberdade - da programa de EMRC para o 8.º ano de escolaridade, deixamos um pequeno vídeo, recolhido da Internet, onde se encontram vários sobre este mesmo tema e esta obra:


       Outras obras do autor: Ilusões; Um; Ponte para a Eternidade; Não há longe nem distância, ou Uma aventura do espírito. Nas suas obras está patente a sua profissão de piloto, sobrevindo o voo... para a liberdade, para a amizade, para a alegria, para o encontro com a vida.

sábado, 13 de abril de 2013

À volta do mundo, à procura da felicidade

        Era uma vez um jovem que buscava a felicidade. Não a encontrando em lugar nenhum, resolveu percorrer todo o mundo à sua procura.
       Onde chegava, reunia um grupo de jovens e dizia-lhes:
       - Quero comunicar-vos que ando à busca da felicidade. E tenho planos para a encontrar. Acredito que ela estará em regiões do mundo onde existia muito ouro. Nenhum de vós quer vir comigo?
       Mas ninguém o queria seguir. Por isso, no dia seguinte, partia novamente para outra terra.
       Assim foi peregrinando, de cidade em cidade, de país em país, de continente em continente. E isto durante muitos anos.
       Um dia, sentiu-se cansado de caminhar tanto. Também carregava já o peso dos anos. Mas, infelizmente, ainda não tinha encontrado a felcidade.
       Apesar dos seus cabelos brancos e dos seus passos por vezes vacilantes, tentou fazer um último esforço.
       Depois de muito andar, pareceu-lhe encontrar-se no seu país. Encontrou, inesperadamente, uma casa abandonada. Os vidros das janelas já estavam partidos; o lugar, onde outrora fora o jardim, estava cheio de mato. Contemplou essa casa abandonada e disse para si próprio:
       - Vou procurar ser feliz aqui. Irei consertar o telhado, pintar as paredes, colocar vidros nas janelas, fazer um bonito jardim.
       Em seguida, entrou dentro dessa casa. Ficou pasmado! Aquela era a sua própria casa, que ele tinha abandonado há anos, quando decidiu partir em busca da felicidade. Percebeu que nada lhe valera percorrer o mundo.
Questões para refletir:
  • É fácil ser feliz?
  • Deve-se procurar a felicidade dentro de nós?
  • O dinheiro traz felicidade?
  • Precisas os outros para seres feliz?
In Revista Juvenil, n.º 563, abril 2013

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Janelas douradas

       No manual de EMRC, do 6.º ano de escolaridade, "Nós e o Mundo", na temática sobre a família, é proposto o texto que se segue: "As janelas Douradas". Um menino que todos os dias olha para o horizonte e numa casa distante vê uma casa com janelas douradas e com diamantes. E um dia vai ao encontro dessa casa...
       O menino trabalhava arduamente durante todo o dia, no campo, no estábulo e no armazém, pois os pais eram pobres e não podiam pagar a um ajudante. Mas, quando o sol se punha, o pai deixava-lhe aquela hora só para ele. O menino subia ao alto de um morro e ficava a olhar para um outro morro, distante alguns quilómetros. Nesse morro, via uma casa com janelas de ouro e de diamantes. As janelas brilhavam e reluziam tanto que ele era obrigado a piscar os olhos. Mas, pouco depois, ao que parecia, as pessoas da casa fechavam as janelas por fora, e então a casa ficava igual a qualquer outra casa. O menino achava que faziam isso por ser hora de jantar; então voltava para casa, jantava e ia deitar-se. Um dia, o pai do menino chamou-o e disse-lhe:
       - Tens sido um bom menino e ganhaste um dia livre. Tira esse dia para ti; mas lembra-te: tenta usá-lo para aprenderes alguma coisa boa.
       O menino agradeceu ao pai e beijou a mãe. Em seguida partiu, tomando a direcção da casa das janelas douradas.
       Foi uma caminhada agradável. Os pés descalços deixavam marcas na poeira branca e, quando olhava para trás, parecia que as pegadas o seguiam, fazendo-lhe companhia. A sombra também caminhava ao seu lado, dançando e correndo, tal como ele. Era muito divertido.
       Passado um longo tempo, chegou ao morro verde e alto. Quando subiu ao topo, lá estava a casa. Mas parecia que haviam fechado as janelas, pois ele não viu nada de dourado. Aproximou-se e sentiu vontade de chorar, porque as janelas eram de vidro comum, iguais a qualquer outra, sem nada que fizesse lembrar o ouro.
       Uma mulher chegou à porta e olhou carinhosamente para o menino, perguntando o que ele queria.
       - Vi as janelas de ouro lá do nosso morro - disse ele - e vim de propósito para as ver de perto, mas elas são de vidro!
       A mulher meneou a cabeça e riu-se.
       - Nós somos fazendeiros pobres - disse - e não poderíamos ter janelas de ouro. E o vidro é muito melhor para se ver através dele!
       Convidou o menino a sentar-se no largo degrau de pedra e trouxe-lhe um copo de leite e uma fatia de bolo, dizendo-lhe que descansasse. Chamou então a filha, que era da idade do menino; dirigiu aos dois um aceno afectuoso de cabeça e voltou aos seus afazeres.
       A menina estava descalça como ele e usava um vestido de algodão castanho, mas os cabelos eram dourados como as janelas que ele tinha visto e os olhos eram azuis como o céu ao meio-dia. Passeou com ele pela fazenda e mostrou-lhe o seu bezerro preto com uma estrela branca na testa; ele falou do bezerro que tinha em casa, e que era castanho-avermelhado com as quatro patas brancas. Depois de terem comido juntos uma maçã, e se terem tornado amigos, ele fez-lhe perguntas sobre as janelas douradas. A menina confirmou, dizendo que sabia tudo sobre elas, mas que ele se tinha enganado na casa.
       - Vieste numa direcção completamente errada! - exclamou ela. - Vem comigo, vou-te mostrar a casa de janelas douradas, para ficares a saber onde fica.
       Foram para um outeiro que se erguia atrás da casa, e, no caminho, a menina contou que as janelas de ouro só podiam ser vistas a uma certa hora, perto do pôr-do-sol.
       - Eu sei, é isso mesmo! - confirmou o menino.
       No cimo do outeiro, a menina virou-se e apontou: lá longe, num morro distante, havia uma casa com janelas de ouro e de diamantes, exactamente como ele tinha visto. E quando olhou, o menino viu que era a sua própria casa!
       Apressou-se então a dizer à menina que precisava de se ir embora. Deu-lhe a sua melhor pedrinha, a branca com uma lista vermelha, que trazia há um ano no bolso. Ela deu-lhe três castanhas- da-índia: uma vermelha acetinada, outra pintada e outra branca como leite. Ele deu-lhe um beijo e prometeu voltar, mas não contou o que descobrira. Desceu o morro, enquanto a menina ficava a vê-lo afastar-se, na luz do sol poente.
       O caminho de volta era longo e já estava escuro quando chegou a casa dos pais. Mas o lampião e a lareira luziam através das janelas, tornando-as quase tão brilhantes como as vira do outeiro. Quando abriu a porta, a mãe veio beijá-lo e a irmãzinha correu a pendurar-se-lhe ao pescoço; sentado perto da lareira, o pai levantou os olhos e sorriu.
       - Tiveste um bom dia? - perguntou a mãe.
       - Sim! - o menino passara um dia óptimo.
       - E aprendeste alguma coisa? - perguntou o pai.
       - Sim! - disse o menino. - Aprendi que a nossa casa tem janelas de ouro e de diamantes.

William J. Bennett, O Livro das Virtudes II. O Compasso Moral. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1996.

terça-feira, 9 de abril de 2013

O Rei da selva e a sua equipa de futebol

       Na proposta de oração/reflexão do SDPJ de Lamego, em mais um encontro de preparação da Jornada Diocesana da Juventude que se vai realizar nos dias 17 e 18 de maio, no Santuário de Santa Maria do Sabroso, paróquia de Barcos, concelho de Tabuaço, a sugestão desta fábula:
       "Era uma vez um leão que era o Rei da selva. Era um rei justo que buscava sempre o bem do seu povo. Um dia, teve uma ideia brilhante: formar uma equipa de futebol para jogar com os países vizinhos. Foi rapidamente pela selva a fim de escolher os jogadores.
        Passou por um prado e viu uma girafa. Pensou que jogaria muito bem de cabeça e escolheu-a para a sua equipa. Depois viu um urso enorme que fazia muito bem de guarda-redes e também o escolheu. Viu uma gazela e um leopardo a correr velozmente como um foguete, pensou que seriam os melhores dianteiros para a equipa e escolheu-os. E assim foi escolhendo os seus jogadores conforme as qualidades que ia observando. Escolheu os macacos e o tigre para ocuparem o centro do campo. Um elefante e um rinoceronte para a defesa. Uma lebre para fazer os contra-ataques. No final, depois de muito procurar, conseguiu completar uma equipa de onze jogadores.
        O primeiro dia de treino foi um desastre. O leopardo queria comer a gazela. O urso queria agarrar os macacos. o elefante e o rinoceronte estavam sempre a lutar. A lebre fugia a toda a pressa do tigre. Aquilo não podia continuar assim.
        O Rei, que era o treinador, deu uma forte apitadela e mandou-os parar. Tinha reparado que não se conseguiam aceitar uns aos outros por serem todos diferentes.
        Por isso, antes de os ensinar a jogar futebol, ensinou-os a aceitarem-se como eram e a conviverem juntos em paz. Caso contrário, a equipa não funcionaria.
        Depois de muitos dias de treino apenas nisto e de muito esforço feito por cada um dos animais, chegaram a ser grandes amigos.
        Foi então que começaram a jogar futebol. E conta-se que aprenderam tão bem este desporto que chegaram a ser uma das melhores equipas da região.
        Toda a gente, ao ver os jogos, aplaudiam-nos muito. Quando lhes perguntavam por que jogavam tão bem, eles respondiam.
       - Porque somos bons amigos e cada qual dá à equipa o melhor de si."